Acerca dos Sacramentos
O Espírito Santo cura e transforma aqueles que os
recebem
Muitos católicos possuem dúvidas de fé, mesmo entre os
mais inseridos em diversas pastorais. Diante desta realidade o Papa Bento XVI
tem se pronunciado constantemente sobre a importância do estudo do Catecismo da
Igreja Católica (CIC) para o revigoramento dos conteúdos fundamentais da fé.
Prova disso é a Carta Apostólica sob forma de Motu Proprio Porta Fidei,
na qual o Santo Padre proclamou que a partir de 11 de outubro a Igreja viverá o
“Ano da Fé”.
O Sumo Pontífice afirma, nesta carta, que no ano em
questão, o Catecismo da Igreja Católica poderá ser um verdadeiro instrumento de
apoio da fé e de formação dos cristãos neste tempo tão complexo. Certamente, o
conhecimento da fé leva a uma vivência mais autêntica dos sacramentos e
aproxima o homem dos mistérios de Cristo.
Mas o que são sacramentos? Quais são eles? Qual é a
relação entre sacramento e fé? Por que eles são eficazes? O que é a graça sacramental?
E outras perguntas deste género a respeito do sacramento são constantes na vida
do cristão.
Fundamentado no Catecismo da Igreja Católica
encontramos tais respostas que seguramente contribuem não apenas para o
conhecimento intelectual, mas, sobretudo para a intimidade com Cristo, razão
única da vivência da fé. Os parágrafos 1113 a 1134 são dedicados ao Ministério
Pascal nos Sacramentos da Igreja.
O Catecismo da Igreja Católica afirma que os
sacramentos são sinais sensíveis e eficazes da graça, instituídos por Cristo e
confiados à Igreja, mediante os quais nos é concedida a vida divina. São sete
os sacramentos: Baptismo, Confirmação – Crisma, Eucaristia, Penitência –
Confissão, Unção dos enfermos, Ordem e Matrimónio.
Os sacramentos são necessários para a salvação, porque
conferem as graças sacramentais como o perdão dos pecados, a adopção de filhos
de Deus, a conformação a Cristo Senhor e a pertença à Igreja. O Espírito Santo
cura e transforma aqueles que os [sacramentos] recebem. Estes sinais Cristo
confiou à sua Igreja, portanto, os sacramentos são da Igreja, sendo acção de
Cristo, e a edificando. Eles são eficazes porque é Cristo que neles age e
comunica a graça que significam, independentemente da santidade pessoal do
ministro, ainda que os frutos dos sacramentos dependam também das disposições
de quem os recebe. Existe uma relação íntima entre os sacramentos e a fé, estes
não apenas supõem a fé como também, por meio das palavras e elementos rituais,
a alimentam, fortificam e exprimem. Ao celebrá-los, a Igreja confessa a fé
apostólica, isto é, a Igreja crê no que reza.
Portanto, os sacramentos possuem um selo espiritual de
protecção divina, configurando o cristão a Cristo, sendo, pois, consagrado ao
culto divino e ao serviço da Igreja. Enfim, neles há uma graça do Espírito
Santo, dada por Cristo e própria de cada sacramento. Essa graça ajuda o fiel no
seu caminho de santidade, bem como no crescimento da caridade e do testemunho.
Dessa forma, o mergulho profundo no mistério dos sacramentos, por intermédio do
conhecimento da fé, conduz o cristão ao próprio Cristo.
1. O SACRAMENTO DO BATISMO
Nele o homem une-se a Cristo
O Catecismo da Igreja Católica (CIC) ensina que os
sacramentos são um encontro pessoal com Cristo, este encontro é, no fundo, o
sacramento original, eles são sinais sensíveis e eficazes da graça, instituídos
por Cristo e confiados à Igreja, mediante os quais nos é concedida a vida
divina. São sete os sacramentos: baptismo, confirmação – crisma, Eucaristia,
penitência – confissão, unção dos enfermos, ordem e matrimónio, todos eles
estão ordenados para a Eucaristia, como para o seu fim, segundo santo Tomás de
Aquino.
A partir do CIC os sacramentos são categorizados em
três formas. 1) Sacramentos da iniciação cristã (baptismo, confirmação – crisma
e Eucaristia); 2) Sacramentos de cura (penitência – confissão, unção dos
enfermos); 3) Sacramentos a serviço da comunhão e da missão (ordem e
matrimónio).
Os sacramentos de iniciação cristã lançam os alicerces
da vida cristã: os fiéis, renascidos pelo baptismo, são fortalecidos pela
confirmação e alimentados pela Eucaristia. O primeiro dos sacramentos de
iniciação cristã é o baptismo, ele é o caminho do reino da morte para a vida, a
porta da Igreja e o começo de uma comunhão duradoura com Deus. Nesse sacramento
o homem une-se a Cristo, pois ele é uma aliança com Deus, e a condição prévia
para receber os outros.
No Antigo Testamento encontram-se várias prefigurações
do baptismo: a água, fonte de vida e de morte; a arca de Noé, que salva por
meio da água; a passagem do Mar Vermelho, que liberta Israel da escravidão do
Egipto; a travessia do Jordão, que introduz Israel na Terra Prometida, imagem
da vida eterna. O próprio Jesus Cristo se fez baptizar por João Batista, no
Jordão: na cruz, do seu lado trespassado, derramou Sangue e Água, sinais do
baptismo e da Eucaristia, e depois da Ressurreição confia aos apóstolos esta
missão: «Ide e ensinai todos os povos, baptizando-os no nome do Pai e do Filho
e do Espírito Santo» (Mt 28, 19-20). A Igreja, desde o dia de Pentecostes,
administra o baptismo a quem crê em Jesus Cristo.
Baptizar significa imergir na água. O baptizando é
imerso ou aspergido na morte de Cristo e ressurge com Ele como nova criatura
(2Cor 5,17). Por isso este [baptismo] também é chamado banho da regeneração e
da renovação no Espírito Santo (cf. Tt 3,5) e iluminação, porque o baptizado se
torna filho da luz (cf. Ef 5, 8). Porque tendo nascido com o pecado original,
ele tem necessidade de ser libertado do poder do maligno e de ser transferido
para o reino da liberdade dos filhos de Deus.
Entre os efeitos do baptismo se destacam o perdão do
pecado original e de todos os pecados pessoais e as penas devidas ao pecado,
fazendo o homem participar na vida divina trinitária mediante a graça
santificante, confere as virtudes teologais – fé, esperança, caridade e os dons
do Espírito Santo. Por fim, o baptizado pertence para sempre a Cristo.
O rito essencial deste sacramento consiste em imergir
na água o candidato ou em derramar a água sobre a sua cabeça, enquanto é
invocado o Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, sendo capaz de receber o
baptismo toda pessoa ainda não baptizada. Do baptizando é exigida a profissão
de fé, expressa pessoalmente no caso do adulto, ou então por parte dos pais e
da Igreja no caso da criança. Também o padrinho ou madrinha e toda a comunidade
eclesial têm uma parte de responsabilidade nisso. Sendo ele necessário para a
salvação daqueles a quem foi anunciado o Evangelho e que têm a possibilidade de
pedir este sacramento.
Aqueles que morrerem sem o baptismo, o Catecismo da
Igreja Católica ensina que, porque Cristo morreu para a salvação de todos,
podem ser salvos, mesmo sem o baptismo, aqueles que morreram por causa da fé
(baptismo de sangue), aqueles que estavam sendo preparados para receber tal
sacramento – catecúmenos e todos os que, sob o impulso da graça, sem conhecer
Cristo e a Igreja, procuram sinceramente a Deus e se esforçam por cumprir a Sua
vontade (baptismo de desejo). Quanto às crianças, mortas sem baptismo, a Igreja
na sua liturgia confia-as à misericórdia de Deus.
Portanto, dentre os sacramentos de iniciação cristã,
destaca-se o baptismo como o primeiro, a porta da Igreja e o começo de uma
comunhão duradoura com Deus, lançando o alicerce da vida cristã, configurando o
cristão a Cristo, sendo assim, no baptismo, o homem para sempre pertence a
Cristo.
2. O SACRAMENTO DA CONFIRMAÇÃO – CRISMA
Nele recebemos a efusão do Espírito Santo
O Catecismo da Igreja Católica ensina que a
Confirmação – Crisma, pertence, juntamente com o Baptismo e a Eucaristia, aos
três sacramentos da iniciação cristã da Igreja Católica. Nesse sacramento,
tal como ocorreu no Pentecostes, o Paráclito desceu sobre a comunidade dos
discípulos, então reunida. Também nele o Espírito Santo desce em cada baptizado
que pede à Igreja o dom d’Ele [Espírito Santo], dessa forma o sacramento
encoraja o fiel e o fortalece para uma vida de testemunho de amor a Cristo.
A Confirmação é o sacramento que completa o
Baptismo e pelo qual recebemos o dom do Espírito Santo. Quem se
decide livremente por uma vida como filho de Deus e pede o Espírito de Deus,
sob o sinal da imposição das mãos e da unção do óleo do Crisma, obtém a força
para testemunhar o amor e o poder de Deus com palavras e actos. Essa pessoa
agora é membro legítimo e responsável da Igreja Católica.
Chama-se Crisma (nas Igrejas Orientais: Crismação com
o Santo Myron) por causa do rito essencial que é a unção. Chama-se Confirmação,
porque confirma e reforça a graça baptismal. O óleo do Crisma é composto de
óleo de oliveira (azeite) perfumado com resina balsâmica. Na manhã da
Quinta-feira Santa, o bispo consagra-o para ser utilizado no Baptismo, na
Confirmação, na Ordenação dos sacerdotes e dos bispos e na consagração dos
altares e dos sinos. O óleo representa a alegria, a força e a saúde. Quem é
ungido com o Crisma deve difundir o bom perfume de Cristo (cf. II Cor 2,15).
O efeito da Confirmação é a efusão especial do
Espírito Santo, como no Pentecostes. Tal efusão imprime na alma um carácter
indelével e traz consigo um crescimento da graça baptismal: enraíza mais
profundamente na filiação divina; une mais firmemente a Cristo e à sua Igreja;
revigora na alma os dons do Espírito Santo; dá uma força especial para
testemunhar a fé cristã.
O YOUCAT – Catecismo Jovem da Igreja Católica, afirma
que: Ser Confirmado – Crismado significa fazer um acordo com Deus. O
confirmado diz: sim, eu creio em Ti, meu Deus, dá-me o Teu Espírito para que eu
te pertença totalmente, nunca me separa de Ti e te testemunhe com o corpo e com
a alma, durante toda a minha vida, em obras e palavras, em bons e maus dias! E
Deus diz: sim, Eu também creio em ti, Meu filho, e te darei o Meu espírito e
até a mim mesmo, pertencer-te-ei totalmente, nunca me separarei de ti, nesta e
na vida eterna, estarei no teu corpo e na tua alma, nas tuas obras e nas tuas
palavras mesmo que me esqueças, estarei sempre aqui, em bons e maus dias.
Pode e deve receber este sacramento, qualquer cristão
católico que tenha recebido o sacramento do Baptismo e esteja em estado de
graça, isto é não ter cometido nenhum pecado mortal (pecado grave). Mediante um
pecado grave separamos de Deus e só podemos reconciliar com Ele através do
sacramento da Penitência – Confissão.
O sacramento da Confirmação normalmente é presidido
pelo Bispo, por razões pastorais, o bispo pode incumbir determinado sacerdote
de celebrá-lo. No rito litúrgico da Santa Missa do Crisma o Bispo dá ao
crismando um suave sopro para que lembre-se que está se tornando um soldado de
Cristo, afim de perseverar com bravura na fidelidade ao Senhor.
Portanto este belíssimo sacramento Confirmação
completa o Baptismo, por ele o fiel recebe o dom do Espírito Santo, faz um
acordo com Deus, e assim, cheios dos dons do Espírito é chamado a testemunhar o
amor ao Senhor, se preciso for, a dá a vida uma vez que recebeu uma força
especial para seguir Cristo até o fim de sua vida.
3. O SACRAMENTO DA EUCARISTIA
Ela é a fonte e o centro de toda a vida cristã
Continuando a reflexão sobre os sacramentos, ensinados
pelo Catecismo da Igreja Católica, chegamos à Sagrada Eucaristia, esta que,
juntamente com o Baptismo e a Confirmação, faz parte do sacramento de iniciação
cristã. Ela que é o misterioso centro de todos estes sacramentos. Portanto, ela
é a fonte e o centro de toda a vida cristã.
Esse sacramento é conhecido por diversos nomes, como:
Eucaristia, Santa Missa, Ceia do Senhor, Fracção do pão, Celebração
Eucarística, Memorial da Paixão, da Morte e da Ressurreição do Senhor, Santo
Sacrifício, Santa e Divina Liturgia, Santos Mistérios, Santíssimo Sacramento do
altar, Santa Comunhão.
Originalmente a Sagrada Eucaristia era a oração de
acção de graças da Igreja primitiva, precedia a consagração do pão e do vinho,
posteriormente a palavra foi conferida a toda a celebração da Santa Missa. A
Sagrada Eucaristia é o sacramento em que Jesus entrega o Seu Corpo e o Seu
Sangue – Ele próprio, por nós, para que também nos entreguemos a Ele em amor e
nos unamos a Ele na Sagrada Comunhão. É o próprio sacrifício do Corpo e do
Sangue do Senhor Jesus, que Ele instituiu para perpetuar o sacrifício da cruz
no decorrer dos séculos até o Seu regresso, confiando assim à Sua Igreja o
memorial da Sua Morte e Ressurreição. É o sinal da unidade, o vínculo da caridade,
o banquete pascal, em que se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é
dado o penhor da vida eterna.
Sendo, portanto, a Eucaristia um memorial no sentido
que torna presente e actual o sacrifício que Cristo ofereceu ao Pai, uma vez
por todas, na cruz, em favor da humanidade. O caráter sacrificial da Eucaristia
manifesta-se nas próprias palavras da instituição dela: “Isto é o meu corpo,
que vai ser entregue por vós” e “este cálice é a nova aliança no meu sangue,
que vai ser derramado por vós” (Lc 22,19-20). O sacrifício da cruz e o
sacrifício da Eucaristia são um único sacrifício. Idênticos são a vítima e
Aquele que oferece, diverso é só o modo de oferecer-se: cruento na cruz,
incruento na Eucaristia.
A Igreja participa do Sacrifício Eucarístico de forma
directa, pois, na Eucaristia, o sacrifício de Cristo torna-se também o
sacrifício dos membros do Seu Corpo. A vida dos fiéis, o seu louvor, o seu
sofrimento, a sua oração, o seu trabalho são unidos aos de Cristo. Enquanto
sacrifício, a Eucaristia é também oferecida por todos os fiéis vivos e defuntos
em reparação dos pecados de todos os homens e para obter de Deus benefícios
espirituais e temporais. A Igreja do céu está unida também à oferta de Cristo.
Jesus Cristo está presente na Eucaristia de um modo
único e incomparável. De fato, está presente de modo verdadeiro, real,
substancial: com o Seu Corpo e o Seu Sangue, com a Sua Alma e a Sua Divindade.
Nela está presente em modo sacramental, isto é, sob as Espécies Eucarísticas do
pão e do vinho, Cristo completo: Deus e homem.
O cristão é chamado, desta forma, a adorar a
Eucaristia, por isso a Igreja conserva com a maior diligência as Hóstias
Consagradas, leva-as aos enfermos e às pessoas impossibilitadas de participar
da Santa Missa, apresenta-as à solene adoração dos fiéis, leva-as em procissão
e convida à visita frequente e à adoração do Santíssimo Sacramento conservado
no tabernáculo. A Igreja obriga os fiéis a participar da Santa Missa aos
domingos e nas festas de preceito, e recomenda a participação dela também nos
outros dias. Da mesma forma, a Igreja recomenda aos fiéis que participam da
Santa Missa que também recebam, com as devidas disposições, a Sagrada Comunhão,
prescrevendo a obrigação de recebê-la ao menos na Páscoa.
Porém, para receber a Sagrada Comunhão é preciso estar
plenamente incorporado à Igreja Católica e em estado de graça, isto é, sem
consciência de pecado mortal. Quem tem consciência de ter cometido pecado grave
deve receber o sacramento da reconciliação antes da Comunhão. São também
importantes o espírito de recolhimento e de oração, a observância do jejum
prescrito pela Igreja e ainda a atitude corporal (gestos, trajes), como sinal
de respeito para com Cristo.
Os frutos da sagrada Comunhão são diversos; ela
aumenta a nossa união com Cristo e com a Sua Igreja, conserva e renova a vida
da graça recebida no baptismo e no crisma, e faz-nos crescer no amor para com o
próximo. Fortalecendo-nos na caridade, perdoa os pecados veniais e preserva-nos
dos pecados mortais, no futuro.
Por fim, a Eucaristia nos enche das graças e bênçãos
do céu, fortalece-nos para a peregrinação desta vida, faz-nos desejar a vida
eterna, unindo-nos desde já a Cristo, sentado à direita do Pai, à Igreja do
Céu, a Santíssima Virgem e a todos os santos. A Sagrada Eucaristia é de tal
forma a vida dos cristãos que Santo Tomás de Aquino afirmou que ela possui, no
fundo, o efeito da transformação do ser humano em Deus, e Santo Inácio de
Antioquia ensinou que, nela [Eucaristia], partimos o mesmo pão, que é remédio
de imortalidade, antídoto para não morrermos e, dessa forma, vivermos
eternamente em Jesus Cristo. Portanto, o sacrifício de Jesus na cruz torna-se
presente durante a consagração do pão e do vinho, ou seja, na Eucaristia, desta
forma, os mistérios da Eucaristia são os mistérios do próprio Cristo. Este é um
grande dom da nossa fé: crer que, na Eucaristia, Jesus se faz presente em
Corpo, Sangue, Alma e Divindade.
4. O SACRAMENTO DA CONFISSÃO
Ao se confessar o homem reconcilia-se com Cristo
Após abordarmos os sacramentos da iniciação cristã
(baptismo, confirmação – crisma e Eucaristia), iniciaremos a segunda categoria
dos sacramentos, chamados de cura (penitência – confissão e a unção dos
enfermos). Trataremos, neste artigo, a respeito do primeiro sacramento de cura:
a penitência, também chamado de sacramento da reconciliação, perdão, confissão
e conversão.
Os baptizados são chamados a viver esse sacramento,
pois embora no baptismo o homem seja liberto do pecado, arrebatado da morte e
destinado a uma vida na alegria dos redimidos, à nova vida da graça, recebida
neste sacramento, a fragilidade da natureza humana e a inclinação para o pecado
(isto é, a concupiscência) não foram suprimidas. Desta forma, Cristo instituiu
o sacramento da confissão para a conversão dos baptizados, os quais d’Ele se
afastaram devido ao pecado.
O sacramento da reconciliação foi instituído pelo
Senhor, na tarde de Páscoa, quando apareceu aos apóstolos e lhes disse:
«Recebei o Espírito Santo; àqueles a quem perdoardes os pecados serão
perdoados, e àqueles a quem os retiverdes serão retidos» (Jo 20, 22-23). O
próprio Jesus perdoou os pecados de muita gente, para o Senhor isso era mais
importante que fazer milagres. Ele via aí o maior sinal da irrupção do Reino de
Deus, em que todas as feridas são curadas e todas as lágrimas enxugadas. O
Senhor transmitiu aos Seus apóstolos a força do Espírito Santo, na qual Ele
perdoava os pecados. Dessa forma, quando nos dirigimos a um sacerdote para
confessarmos nossos pecados, caímos nos braços do nosso Pai celeste.
Assim, o homem arrependido de seus pecados, após um
sincero exame de consciência; e uma verdadeira contrição (arrependimento) de
seus pecados, motivada pelo amor a Deus e do propósito de não mais pecar,
dirige-se ao sacerdote e diante dele descreve seus pecados, obrigando-se a
realizar certos atos de penitência, que o confessor lhe impuser para reparar o
dano causado pelo pecado. O sacerdote, por sua vez, exerce o dever que Cristo
confiou aos seus apóstolos, aos bispos, sucessores destes e aos presbíteros,
seus colaboradores, os quais, portanto, se convertem em instrumentos da
misericórdia e da justiça de Deus. Eles exercem o poder de perdoar os pecados
no Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Todo o fiel, obtida a idade da razão, é obrigado a confessar
os seus pecados graves ao menos uma vez por ano e antes de receber a Sagrada
Comunhão. E quando mais se fizer necessário a partir de um diligente exame de
consciência, confessando todos os seus pecados graves. A confissão dos pecados
veniais é muito recomendada pela Igreja, embora não estritamente necessária,
porque nos ajuda a formar uma consciência reta e a lutar contra as más
inclinações, para nos deixarmos curar por Cristo e progredirmos na vida do
Espírito.
Desta forma, o dinamismo do «coração contrito» (cf. Sl
51, 19), movido pela graça divina, responde ao amor misericordioso de Deus.
Isso implica a dor e a repulsa pelos pecados cometidos e o propósito firme de
não mais pecar e a confiança na ajuda de Deus. Alimenta-se da esperança na
misericórdia divina.
Os elementos essenciais do sacramento da reconciliação
são dois: os actos realizados pelo homem que se converte sob a acção do
Espírito Santo e a absolvição do sacerdote, que, em Nome de Cristo, concede o
perdão. Os efeitos do sacramento da penitência são: a reconciliação com Deus e,
portanto, o perdão dos pecados; a reconciliação com a Igreja; a recuperação, se
perdida, do estado de graça; a remissão da pena eterna, merecida por causa dos
pecados mortais e, ao menos em parte, das penas temporais que são consequência
do pecado; a paz e a serenidade da consciência e a consolação do espírito; o
acréscimo das forças espirituais para o combate cristão.
Em casos de grave necessidade (como o perigo iminente
de morte), pode-se recorrer à celebração comunitária da reconciliação com
confissão genérica e absolvição colectiva, respeitando as normas da Igreja e
com o propósito de confessar individualmente os pecados graves no tempo
oportuno.
Um detalhe muito importante, dada à delicadeza e à
grandeza deste ministério e o respeito devido às pessoas, todo o confessor está
obrigado a manter o sigilo sacramental, isto é, o absoluto segredo acerca dos
pecados conhecidos em confissão, sem nenhuma excepção e sob penas severíssimas.
Enfim, pela confissão o homem reconcilia-se com
Cristo, com a Igreja e com os irmãos, é, portanto, um sacramento de cura, de
recomeço de uma vida de santidade, de acolhimento nos braços do Pai. Assim,
como ensinado por São João Maria Vianney, o Cura D’Ars, depois de cada pecado
reconhecido, e confessado, ressuscitamos. A confissão concede ao homem a
oportunidade de uma vida nova por meio da misericórdia do Senhor.
Aproveite esta Quaresma e se empenhe na vivência da
penitência, reconhecendo seus pecados a partir de um exame de consciência sincero,
e com o coração contrito, desejando não mais pecar, e procure um sacerdote a
fim de receber este sacramento e gozar da vida nova destinada a você por meio
da reconciliação com o Senhor.
5. O SACRAMENTO DA ORDEM
Um sacramento de serviço
Continuando nossa série a respeito dos sacramentos,
apresentamos hoje o sacramento da Ordem. Juntamente com o Matrimónio são
chamados de sacramento de serviço. Assim, quem é baptizado e confirmado
(crismado) pode também assumir um serviço especial, pondo-se a serviço de Deus.
Isso acontece mediante os sacramentos da Ordem e do Matrimónio, por isso os
mesmos são chamados sacramentos a serviço da comunhão e da missão, eles
conferem uma graça especial para uma missão particular na Igreja em ordem à
edificação do povo de Deus, contribuindo em especial para a comunhão eclesial e
para a salvação dos outros.
A Ordem é o sacramento graças ao qual a missão
confiada por Cristo aos Seus apóstolos continua a ser exercida na Igreja, até o
fim dos tempos. Nela quem é ordenado recebe o dom do Espírito Santo, concedido
por Cristo pelo bispo e que lhe dá autoridade sagrada. Nele o sacerdote
continua sobre a terra a obra redentora de Cristo, afirma São João Maria
Vianney.
Chama-se Ordem este sacramento, pois indica um corpo
eclesial, do qual se passa a fazer parte, mediante uma especial consagração
(Ordenação), que, por um particular dom do Espírito Santo, permite exercer um
poder sagrado em nome e com a autoridade de Cristo para o serviço do povo de
Deus. Compõe-se de três graus, que são insubstituíveis para a estrutura
orgânica da Igreja: o episcopado, o presbiterado e o diaconato.
Os sacerdotes na Antiga Aliança encararam a sua missão
como uma mediação entre o celeste e o terreno, entre Deus e o Seu povo. Sendo
Cristo, o único mediador entre Deus e a humanidade (cf. 1Tm 2,5), Ele
aperfeiçoou e concluiu este sacerdócio. Depois de Cristo, o sacerdócio só pode
existir em Cristo, na imolação de Cristo na cruz e pelo chamamento e envio
apostólico de Cristo.
O efeito da ordenação episcopal confere a plenitude do
sacramento da Ordem, faz do bispo o legítimo sucessor dos apóstolos,
confere-lhe a missão de ensinar, santificar e governar. O ministério do bispo
é, no fundo, o ministério pastoral da Igreja, porque remonta às testemunhas de
Jesus.
Ao presbítero a ordenação assinala nele, pela unção do
Espírito, um carácter espiritual indelével, configura-o a Cristo Sacerdote e
torna-o capaz de agir em nome de Cristo Cabeça. Sendo cooperador da Ordem
episcopal, ele é consagrado para pregar o Evangelho, para celebrar o culto
divino, sobretudo a Eucaristia, da qual o seu ministério recebe a força, e para
ser o pastor dos fiéis.
Na ordenação diaconal o diácono, configurado a Cristo
servo de todos, é ordenado para o serviço da Igreja sob a autoridade do bispo,
em relação ao ministério da Palavra, do culto divino, da condução pastoral e da
caridade.
Para cada um dos três graus, o sacramento da Ordem é
conferido pela imposição das mãos sobre a cabeça do ordinando por parte do
bispo, que pronuncia a solene oração consecratória. Com ela, o bispo invoca de
Deus, para o ordinando, a especial efusão do Espírito Santo e dos Seus dons, em
ordem ao ministério.
Somente o baptizado de sexo masculino pode receber
esse sacramento. A Igreja reconhece-se vinculada a esta escolha feita pelo
próprio Senhor. Ninguém pode exigir a recepção do sacramento da Ordem, antes
deve ser considerado apto para o ministério pela autoridade da Igreja. Esse
sacramento dá uma especial efusão do Espírito Santo, que configura o ordenado a
Cristo na Sua tríplice função de Sacerdote, Profeta e Rei, segundo os
respectivos graus do sacramento. A ordenação confere um carácter espiritual
indelével: por isso não pode ser repetida nem conferida por um tempo limitado.
Os sacerdotes ordenados, no exercício do ministério
sagrado, falam e agem não por autoridade própria, nem sequer por mandato ou
delegação da comunidade, mas na Pessoa de Cristo Cabeça e em nome da Igreja.
Portanto, o sacerdócio ministerial difere essencialmente, e não apenas em grau,
do sacerdócio comum dos fiéis, para o serviço no qual Cristo o instituiu.
Portanto, os sacramentos da Igreja ora são presididos,
ora são assistidos (matrimónio) pelos ministros ordenados, desta forma, para a
vida da Igreja e dos fiéis é indispensável que haja homens dispostos a se doar
inteiramente ao Evangelho. Por isso é importante que toda a Igreja reze
suplicando ao Senhor que suscite no coração dos baptizados sinceras e santas
vocações ao sacramento da Ordem.
6. O SACRAMENTO DO MATRIMÓNIO
Uma via de santidade
O sacramento do Matrimónio e o da Ordem são chamados
sacramentos a serviço da comunhão e da missão, por conferirem uma graça
especial para a missão particular na Igreja com relação à edificação do povo de
Deus, contribuindo em especial para a comunhão eclesial e para a salvação dos
outros. O homem e a mulher foram criados por Deus com uma igual dignidade como
pessoas humanas e, ao mesmo tempo, numa complementaridade recíproca como
masculino e feminino. Deus quis que fossem um para o outro, para uma comunhão
de pessoas. Juntos são também chamados a transmitir a vida humana, formando no
matrimónio uma só carne (cf. Gn 2, 24).
O Matrimónio participa desta dinâmica de serviço para
a santificação. O Senhor, que é amor e criou o homem por amor, chamou-o a amar.
Ao criar o homem e a mulher, chamou-os, no Matrimónio, a uma íntima comunhão de
vida e de amor entre si, de modo que já não são dois, mas uma só carne (cf. Mt
19, 6). Abençoando-os, Deus disse-lhes que fossem fecundos e se multiplicassem
(cf. Gn 1, 28).
Esse sacramento se realiza diante de uma promessa
entre um homem e uma mulher, prestada diante de Deus e da Igreja, aceita e
selada pelo Senhor e concluída pela união corporal do casal. Porque é o próprio
Altíssimo quem dá o laço do Matrimónio sacramental e o mantém unido até a morte
de um dos consortes. São necessários três elementos para a realização do
Matrimónio: o consentimento, a concordância com uma união por toda a vida e
apenas com o consorte, e por fim, a abertura aos filhos. Sendo a mais profunda
a consciência do casal de que são uma imagem viva do amor entre Cristo e a
Igreja.
O sacramento do Matrimónio gera entre os cônjuges um
vínculo perpétuo e exclusivo. O próprio Deus sela o consentimento dos esposos.
Primeiro, porque corresponde à essência do amor se entregar mutuamente sem
reservas. Depois, porque ele é imagem da incondicional fidelidade de Deus à Sua
criação. Finalmente, porque ele representa a entrega de Cristo à sua Igreja até
à morte de cruz.
Portanto, o Matrimónio concluído e consumado entre
baptizados não pode ser dissolvido. Esse sacramento confere também aos esposos
a graça necessária para alcançar a santidade na vida conjugal e para o
acolhimento responsável dos filhos e a sua educação. A união matrimonial é,
muitas vezes, ameaçada pela discórdia e pela infidelidade por causa do pecado
original, que provocou também a ruptura da comunhão do homem e da mulher, dada
pelo Criador. Todavia Deus, na Sua infinita misericórdia, dá ao homem e à
mulher a Sua graça para que possam realizar a união das suas vidas segundo o
desígnio originário d’Ele.
O adultério e a poligamia são pecados gravemente
contrários ao sacramento do Matrimónio porque estão em contradição com a igual
dignidade do homem e da mulher e com a unicidade e exclusividade do amor conjugal;
assim como a rejeição à fecundidade, que priva a vida conjugal do dom dos
filhos; e o divórcio, que se opõe à indissolubilidade. A fidelidade absoluta no
Matrimónio, mais do que ser um testemunho do esforço humano, remete à
fidelidade a Deus, que está presente, mesmo quando nós, na questão da
fidelidade, O traímos e nos esquecemos d’Ele. A Igreja admite a separação
física dos esposos quando, por motivos graves, a sua coabitação se tornou
praticamente impossível, embora se deseje a reconciliação deles. Mas eles,
enquanto o cônjuge viver, não estarão livres para contrair uma nova união, a
menos que o Matrimónio seja nulo e como tal seja declarado pela autoridade
eclesiástica.
Jesus Cristo não só restabelece a ordem inicial
querida por Deus, como também dá a graça ao casal de viver o Matrimónio na nova
dignidade de sacramento, que é o sinal do Seu amor esponsal pela Igreja: “Vós
maridos amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja” (Ef 5, 25). O
Matrimónio não é uma obrigação para todos. Deus chama alguns homens e mulheres
a seguir o Senhor Jesus mantendo-se virgens ou sendo celibatários pelo Reino
dos céus, renunciando ao grande bem do Matrimónio para se preocuparem
unicamente com as coisas do Senhor e para procurarem agradar-Lhe, tornando-se
assim sinal do absoluto primado do amor de Cristo e da ardente esperança da Sua
vinda gloriosa.
Tão grande é o valor desse sacramento que a família
cristã é chamada de “Igreja doméstica” por manifestar e realizar a natureza de
comunhão e família da Igreja como família de Deus. Cada membro, a seu modo,
exerce o sacerdócio baptismal, contribuindo para fazer da família uma
comunidade de graça e de oração, escola das virtudes humanas e cristãs, lugar
do primeiro anúncio da fé aos filhos.
Portanto, de acordo com a ordem de São Paulo os
“Maridos, devem amar as mulheres, como Cristo amou a Igreja e Se entregou por
ela” (Efésios 5, 25). Nesse lindo sacramento do Matrimónio o casal possui a
oportunidade de se doar inteiramente um ao outro, entregando sua vida por amor,
à semelhança do próprio Senhor. O beato João Paulo II definiu sabiamente o amor
do casal celebrado nesse sacramento, para ele este dom é, acima de tudo, um
assumir para si o futuro do outro como seu; esta é a via de santidade por meio
do Matrimónio. Desta forma, casar-se significa confiar mais na ajuda de Deus
que nas próprias reservas do amor, e certamente na fidelidade ao Senhor pelo
sacramento o casal obtém a santificação um do outro pelo amor.
7. O SACRAMENTO DA UNÇÃO DOS ENFERMOS
Une intimamente o doente a Cristo
No ritual da unção dos enfermos encontra-se a seguinte
petição a Deus: “Por esta santa unção e pela Sua infinita misericórdia, o
Senhor venha em teu auxílio com a graça do Espírito Santo, para que, liberto
dos teus pecados, Ele te salve e, na Sua misericórdia, alivie os teus
sofrimentos”. Esta oração contém o objecto central desse sacramento, ou seja,
confere a ele uma graça especial que une mais intimamente o doente a Cristo.
Jesus veio para revelar o amor de Deus. Frequentemente
faz isso nas áreas e situações em que nos sentimos especialmente ameaçados em
função da fragilidade de nossa vida, devido às doenças, morte, etc.. Deus Pai
quer que nos tornemos saudáveis no corpo e na alma e reconheçamos nisso a
instauração do Reino d’Ele. Por vezes, só com a experiência da enfermidade
percebemos que precisamos do Senhor mais do que tudo. Não temos vida, a não ser
em Cristo. Por isso os doentes e os pecadores têm um especial instinto para
perceber o que é essencial.
No Antigo Testamento, o homem doente experimenta os
seus limites e, ao mesmo tempo, percebe que a doença está ligada
misteriosamente ao pecado. Os profetas intuíram que a enfermidade poderia ter
também um valor redentor em relação aos próprios pecados e aos dos outros.
Assim, a doença era vivida diante de Deus, do qual o homem implorava a cura. No
Novo Testamento eram os enfermos que procuravam a proximidade de Jesus,
procurando “tocá-Lo, pois d’Ele saía uma força que a todos curava” (Lc 6, 19).
A compaixão de Jesus Cristo pelos doentes e as numerosas curas de enfermos são
um claro sinal de que, com Ele, chegou o Reino de Deus e a vitória sobre o
pecado, o sofrimento e a morte. Com a Paixão e Morte o Senhor dá um novo
sentido ao sofrimento, o qual, se for unido ao d’Ele, pode ser meio de purificação
e de salvação para nós e para os outros.
A Igreja, tendo recebido do Senhor a ordem de curar os
enfermos, procura pôr isso em prática com os cuidados para com os doentes,
acompanhados da oração de intercessão. Ela possui, sobretudo, um sacramento específico
em favor dos enfermos, instituído pelo próprio Cristo e atestado por São Tiago:
«Quem está doente, chame a si os presbíteros da Igreja e rezem por ele, depois
de o ter ungido com óleo no nome do Senhor» (Tg 5, 14-15).
Desta forma, o sacramento da unção dos enfermos pode
ser recebido pelo fiel que começa a se sentir em perigo de morte por doença ou
velhice. O mesmo fiel pode recebê-lo também outras vezes se a doença se agravar
ou então no caso doutra enfermidade grave. A celebração desse sacramento, se
possível, deve ser precedida pela confissão individual do doente. A celebração
deste sacramento consiste essencialmente na unção com óleo benzido, se
possível, pelo bispo, na fronte e nas mãos do enfermo (no rito romano, ou
também noutras partes do corpo segundo outros ritos), acompanhada da oração do
sacerdote, que implora a graça especial desse sacramento. Ele só pode ser
administrado pelos sacerdotes (bispos ou presbíteros).
Este sacramento confere uma graça especial que une
mais intimamente o doente à Paixão de Cristo, para o seu bem e de toda a
Igreja, dando-lhe conforto, paz, coragem, e também o perdão dos pecados, se ele
não puder se confessar. E consente, por vezes, se for a vontade de Deus, também
a recuperação da saúde física do fiel. Em todo o caso, essa unção prepara o
enfermo para a passagem à Casa do Pai. Por isso, concede-lhe consolação, paz,
força e une profundamente a Cristo o doente que se encontra em situação
precária e em sofrimento. Tendo em vista que Senhor passou pelas nossas angústias
e tomou sobre Si as nossas dores.
Muitos doentes têm medo desse sacramento, e adiam-no
para o fim, porque pensam se tratar de uma espécie de “sentença de morte”. No
entanto, é o contrário disso: a unção dos enfermos é uma espécie de “seguro de
vida”. Quem, como cristão, acompanha um enfermo deve libertá-lo desse falso
temor. A maior parte das pessoas que está em risco de vida tem a intuição de
que nada mais é importante nesse momento do que a confiança imediata e
incondicional Àquele que superou a morte e é a própria Vida: Nosso Senhor Jesus
Cristo, nosso Salvador.