sexta-feira, 18 de maio de 2018


VISÕES E INSTRUÇÕES

Santa Ângela de Foligno



ANGELA DE FOLIGNO

Eu — diz Ângela de Foligno — ao entrar no caminho da penitência, fiz dezoito passos antes de conhecer a imperfeição da vida.

PRIMEIRO PASSO

Ângela toma consciência dos seus pecados

Olhei pela primeira vez os meus pecados e compreendi-os: a minha alma ficou atemorizada e tremeu por causa da danação, e chorei, chorei muito.

SEGUNDO PASSO

A CONFISSÃO

Então corei pela primeira vez, e tal foi minha vergonha, que recuei diante da confissão. Não me confessei, não ousava confessar, e fui à mesa sagrada, e foi com os meus pecados que recebi o corpo de Jesus Cristo. É por isso que dia e noite a minha consciência continuava a repreender-me. Eu implorei São Francisco para me encontrar o confessor que eu precisava, alguém que pudesse entender e a quem eu pudesse falar. Na mesma noite, o “velhote” me apareceu. “Minha irmã”, disse ele, “se me tivesses chamado antes, eu te teria ouvido mais cedo. O que pedes está feito.”
No dia seguinte, encontrei na igreja de São Feliciano, um frade que pregava.
Depois do sermão, resolvi confessar-me a ele. Confessei-me plenamente e recebi a absolvição. Não senti amor; apenas amargura, vergonha e dor.

TERCEIRO PASSO

A SATISFACÃO

Perseverei na penitência que me foi imposta; procurei satisfazer a justiça, vazia de qualquer consolação, pena ou dor.

QUARTO PASSO

CONSIDERAÇÃO DA MISERICÓRDIA

Lancei um primeiro olhar sobre à misericórdia divina; conheci aquela que me tirara do inferno, como aquela que me deu a graça que conto. Recebi a sua primeira iluminação; a dor e os prantos redobraram. Entreguei-me a uma severa penitência; mas não quero dizer qual.

Sem comentários:

Enviar um comentário