Uma explicação...
A Beata Alexandrina Maria da Costa, já conhecida “até aos confins do mundo”, escreveu no seu diário intitulado “Sentimentos da Alma”, páginas cujo valor ascético e místico é simplesmente extraordinário, porque ela ali explica com palavras simples situações dificilmente explicáveis, como o trecho que abaixo ides ler. Aí está explicada a diferença entre a morte natural e a morte mística.
Seria bom que peritos em ascética e mística ― que infelizmente são agora raros ― estudassem os escritos da Beata de Balasar. Quantas lições poderíamos então receber desses escritos!
Mas, os tempos de Deus não são os nossos e, por isso mesmo, aguardemos que Ele permita ou sugira, na ocasião propícia almas fortes que se atrelem a esse dito estudo e nos mostrem com clareza, quem foi na verdade a Alexandrina Maria da Costa.
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« Senti a minha alma desprender-se da terra e subir mais alto, ficando a vivificar o meu corpo, que ficou cá em baixo, como que uma corrente eléctrica que servia de união entre os dois. Este desprendimento custou imenso ao meu corpo cujos olhos fitavam-se em Jesus crucificado para alívios das suas dores. No entanto, à minha alma sentiu-se no regaço da Mãezinha, sustentando comigo o seu divino Filho morto.
Este facto deu luz à minha inteligência, dando-me a conhecer que o que Jesus me prometera a 15 de Agosto de 1943, ter-se-ia realizado não na forma que eu julgava mais natural, isto é, que eu teria ido para sempre para o Céu, mas que iria para voltar.
Esta luz não foi impressão de um momento, mas sim uma nova transformação que se operou em mim e que me obrigou a dizer que certamente não teria morrido, mas que Jesus referia-se com certeza a este novo estado da alma.
Convenci-me de tal forma, que nunca mais pensei dar-se, no dia marcado por Jesus, a morte real. »
Alexandrina de Balasar: Sentimentos da alma; Fevereiro de 1944.
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